domingo, 14 de novembro de 2010

30/06/2010


(..) Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

(..)
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
(..)

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

(..)
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...


Com base nas reflexões e apresentações referentes à leitura e formação do leitor no decorre do semestre letivo esboçarei uma linha pessoal do entendimento  como é  importante a leitura na formação do individuo.
Contextualizando o leitor o autor Perrotti enfatiza a distinção entre ledor e leitor. O primeiro incorpora o ser passivo, imobilizado, que pouco ou nada acrescenta ao ato de ler. O texto para o ledor não tem aberturas, porque ele decifra mecanicamente os seus sinais. Não há mistério, nem criação. A leitura é definitiva. O leitor, no entanto, é móvel e tem um olhar indefinido, errante e criativo sobre o texto. Permite-se ler em suas linhas e entrelinhas, desvelando seus sinais visuais e invisíveis. Isto só ocorre quando se dá o pacto entre texto e leitor, que o ledor não se arrisca a fazer.
Para tanto, saliento o valor de se ter uma prática de leitura que prepare leitores capazes de não só participarem da sociedade na qual convivem, mas principalmente de tentarem transformá-la. Para isso, é necessário o papel do mediador nesse processo, que esse  possa provocar para o caráter social do ato de ler, uma vez que, no momento da leitura, trocam-se valores, crenças, gostos, que não pertencem somente ao leitor, nem ao autor do texto lido, mas a todo um conjunto sociocultural.
Cabe destacar, os agentes influenciadores como a  escola enquanto agente é incumbida pela formação educacional das novas gerações exercendo um papel de importância no processo de preparação dos leitores. Assim, espera-se a formação de leitores com espírito crítico sendo  a chave da cidadania. 


Entretanto o processo de leitura na escola propõe estratégias de estimulo inovador por compreender que vivenciamos pluralidade sociocultural.
Enfim, a vida contemporânea coloca reflete sobre a necessidade de se adotar nova postura de comportamento. E tais posturas são conjucturadas no desenvolvimento de planos e projetos estruturados pelos órgãos públicos, privados e organizações comprometidos com a promoção a leitura e o livro no Brasil.
Exemplificando discutimos em sala de aula o Plano Nacional de Livro e Leitura  que é  um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidos pelo Estado (em âmbito federal, estadual e municipal) e pela sociedade. A prioridade do PNLL é transformar a qualidade da capacidade leitora do Brasil e trazer a leitura para a rotina do brasileiro.   Mas apesar da mobilização em prol a leitura e formação do leitor  e das inúmeras teorias estruturadas temos que caminhar avançar para a pratica .   Tornam-se reais as situações de leitura.
Para isto, o mediador da leitura  precisa criar atividades significativas para envolver o leitor com a leitura .Parafraseando Lajojolo,  o mediador da leitura precisa ler muito,precisa envolver-se com o que lê. Solé argumenta que:
 não se deve esquecer que interesse também se cria, se suscita e se educa e que em diversas ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que faz de uma determinada leitura e das possibilidades que seja capaz de explorar. (Solé ,1998,p.43)



Espero que a combinação de ambos universos produza leitores críticos, aptos a ler o mundo. Paulo Freire diz:
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem  dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto (FREIRE, 2008, p. 11).
Enfim, que  a leitura causa no leitor a expectativa do inusitado, aguça sua curiosidade e instiga o raciocínio.Que seja uma leitura confrontadora, independente dos gêneros e tipos de textuais.

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