domingo, 14 de novembro de 2010

10/03/2010


Quem vai ao encontro de um (livro, filme, imagem) vai, ou deveria ir, com seus nervos, informações e interesses, reunidos sob sua experiência de vida. Estar ali significa estar mobilizado por completo, e isto parece impossível quando sequer temos uma idéia, mesmo vaga, de quem somos.
 No entanto, os homens guardam pouco tempo no seu cotidiano para conhecer ou rememorar o vivido; deveriam fazê-lo não por motivações nostálgicas, mas pelo que aponta á construção da própria identidade. ”(Eliane Yumes)

O trecho de Yunes retrata um pouco que penso.Isto é, o texto precisa interagir com o leitor,ser um provocador das emoções seja elas  boas ou ruins.
Quero ser um provocador de emoções como mediadora e com a disciplina Leitura e Formação do Leitor espero preencher as lacunas do pouco conhecimento que tenho sobre a leitura e leitor. Porque como profissional serei responsável pelo encontro do leitor com a leitura. Portanto não considero pretensiosa e sim responsável com o outro e sim responsável com o prazer da leitura e sua importância na vida do individuo.
Fragmentado: A disciplina Leitura e Formação do Leitor têm como objetivos promover a sensibilização dos futuros gestores de unidades de informação,assim como outros profissionais ,para a importância do ato de ler.  Através da reflexão sobre as políticas pública de leitura no Brasil buscar mecanismos de trabalho para o desenvolvimento do leitor.
Portanto, a Professora Conceição propôs como metodologia de trabalho da disciplina a participação ativa de nos alunos no processo de aprendizagem. Através da reflexão das aulas  expositivas, leitura e discussão de textos selecionados,exibição de filmes seguida de discussão e entre outros pretende-se que nos alunos esteja apto a pensar e a elaborar criticamente novas propostas de trabalho na comunidades promotoras de leitura .
Assim, a avaliação será um Diário elaborado por nos alunos onde relataremos nossas reflexões e apreciações pessoais sobre temas propostos no decorre do semestre letivo.

Desafio...desafio...desafio...desafio...
Calafrio...calafrio...calafrio....
Apavorada com desafio de transcrever minha interpretação sobre as aulas. Muito responsabilidade..
Referência:
Yunes, E. (Org.) Pensar a leitura: complexidade. Rio de Janeiro: PUC - Rio, São Paulo: Loyola, 2002. 

17/03/2010


Anamnese significa do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória)
Espero que estejam confortáveis. Porque as lembranças que tenho de minha infância são boas e guardo com carinho. Quando lembro de minha infância vem o   cheiro de poeira dos primeiros pingos de chuva caídos no chão, o azul do céu no dia de verão, as brincadeiras nas ruas com os pés descasos, o gosto da comida de minha avó. As historias contada por minha mãe, pai e demais familiares.
Minha mãe sempre foi e é  uma mulher inquieta suas historias são carregadas de dramaticidade.  Fora criança pobre em Diamantina que ainda adolescente veio  trabalhar em Belo Horizonte. Ela seria mais uma de tantas crianças pobre que são buscadas no interior para trabalhar na cidade grande. Mas quando Ela conta  sua historia torna-se os detalhes mágicos. Imaginar uma menina  pequena morando com os irmãos numa gruta em Diamantina convivendo com bichos perigosos e a tia que parecia, mas uma bruxa.
Lembro também do período de quaresma em casa. Historias da mula sem cabeça que cavalgava na ruas do bairro depois das 22:00, o homem do saco.Meu pai trazia cinzas da igreja para proteger os filhos no período de quaresma.As novenas em casa no período natalino. A montagem do presépio e sua representatividade.
Enfim, as brincadeiras  com os amigos de ruas como rouba bandeira, passar a anel, colecionar papeis de cartas com as amigas e brincar de casinha.
Já a escola representa a iniciação para compreender o mundo. Isto é, a escola foi o primeiro contato com a escrita e com os livros. Apresentando a diversidade de mundos, figuras, historias cores e sentimentos impressos nos livros.
Portanto os mediadores de minha infância fora minha família, amigos e escola  por  desenvolver meu lado imaginário e investigativo.Se hoje busco os porquês .Se sou pessoa inquieta. E porque tive incentivo em casa, na escola e com os amigos da infância.

Fragmentado: Ouvi relatos dos demais colegas de sala. Sendo que os mediadores que influenciaram em suas vidas fora a família, escola, igreja.
Deixo aqui meu agradecimento a pessoas que considero encantadas: Jandira (minha mãe), Cirilo (meu pai), Raimunda (minha avó), Junia, Flavio e Cristiano (irmãos), Aparecida (minha professora do primeiro ano escolar), Tia Dalva (minha professora do segundo ano escolar), Leda, Alessandra, Aline, Silvia, Rodrigo, Reginaldo, Denis, Jean, (amigos da infância).

24/03/2010


Para Maria Helena Martins a leitura é dinâmica e circunstanciada, com três níveis o sensorial, emocional e racional onde se inter-relacionam,senão  simultâneos ou mesmo sendo um ou outro privilegiados,segundo a experiências,expectativas,necessidades e interesses do leitor  e das condições  do contexto geral em que se insere.
Portanto, o ato de ler é único porque invoca sentimentos individualizados. Um processo pessoal e particular que codifica os níveis sensorial, emocional e racional do texto para o leitor.  
Enfim, saber ler o mundo atual é imprescindível  não basta decifrar o código da leitura .Ou seja, a leitura dever ser fonte de conhecimento mas também a fonte de emoção ,de prazer e de lazer.
















Referência:
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura?São Paulo: Brasiliense, 1998.

31/03/2010


Entrevista de José Saramago a Roda Viva

Com posicionamento critico ao consumismo e individualismo que homem tornou-se José Saramago foi o entrevistado do Programa Roda Viva da TV Cultura.
Ele menciona que a palavra é eloqüente no sentindo que a palavra da sentindo ao mundo. Paralelo aos dizeres de Saramago temos no inicio da entrevista os dados apresentados no Congresso de Educação que o Brasil é ultimo da lista onde as crianças aprende a ler, mas não compreende o sentido da leitura o que impede a formação de identidade e idéias.Para Saramago é  entender superfialmente este mundo cego de razão.
Paralelo a discutição questiono o ensino básico onde os esforços ainda estão distante  de uma educação de qualidade. Não basta colocar crianças nas escolas. Com formação deficitária no ensino considero estas crianças como analfabetos funcionais.
Se a palavra da o sentindo ao mundo estão excluindo essas crianças de pensar, criar, provocar. De serem interativos com o mundo.


Vídeo Aprender a aprender

14/04/2010


A Professora Conceição abordou hoje  livros infantis e sua importância para a criança.O tema de hoje vem de encontro com a experiência que tive como estagiaria na Biblioteca Comunitária CAC Havaí.Durante o estagio de seis meses na biblioteca que servia o publico em geral e  uma UMEI ,escola publica municipal para crianças de 2 a 4 anos de idade , era ponto de encontro das crianças com a biblioteca  .
Refletindo sobre como é importante o primeiro contanto e envolvimento da criança com o livro entende como a biblioteca comunitária cumpria este papel para aquelas crianças.
Lembro que nos dias de visitas a biblioteca comunitária preparava espaço aconchegante para as crianças com muitos livros sendo coloridos, pequenos, emborrachados, somente com gravuras, alto relevo. E no final a hora do conto ou brincadeira envolvendo o livro. Os resultados destes encontros era o retorno das crianças com os pais para empréstimo de livros.
Apesar do estagio ser no inicio do meu curso de Biblioteconomia vejo que as atividades desenvolvidas na biblioteca comunitaria, cumpriam com a mediação da leitura por ver o retorno das crianças na biblioteca comunitária.
Fragmentado: Existe atualmente exagero didático nos livros infantis como uso de assuntos ligados a droga, violência. Como mediadores temos que ter olhar curioso com os livros infantis. 

19/04/2010


“O universo é uma biblioteca” (Rubens Alves)
Compreende que papel da escola  é ministrar aos estudantes, através da leitura, os instrumentos necessários para que eles consigam buscar, analisar, selecionar,relacionar, organizar as informações complexas do mundo contemporâneo e exercer a cidadania.
Para isto, faz necessário unir as habilidades dos educadores e bibliotecários para desenvolver  leitores competentes que gostem de ler, que leiam para estudar e adquirir conhecimentos ou para obter informações para as mais diversas finalidades é formar as bases para que as pessoas continuem a aprender durante a vida toda.
Após o relato de Santuza Abras sobre “O papel pedagógico da biblioteca escolar” percebe visão politizada sobre as bibliotecas escolares (públicas). Os dizeres otimista que tanto Ela frizou vai de contra a realidade das bibliotecas escolares(públicas). Sabemos que um bibliotecário é responsável por cinco bibliotecas escolares (públicas) sendo que professores afastados de suas verdadeiras funções  lotam as bibliotecas divergindo do bibliotecário  que são preparados para atuar neste locais. Apesar dos relatos de Maria Terra ( Professora de Historia  ) que atua em biblioteca escolar pública  entendo que os bibliotecários tem caminho a percorrer dentro das instituições de ensino . Isto é,precisa divulgar aos demais profissionais da área da educação que o bibliotecário possui competências para mediação da leitura ao leitor nas escolas.
Fragmentos Visuais: Bienal Minas 2010

05/05/2010


O diário Quarto de despejo de Carolina Maria de Jesus, no qual narra as experiências como mulher negra, pobre, catadora de lixo e moradora da favela do Canindé em São Paulo.
Apesar de seu pouco estudo, com escrita desordenada, com incorreções ortográficas, Carolina Maria de Jesus decidiu romper as barreiras do analfabetismo escrevendo o dia a dia de sua vida.  Era uma das poucas mulheres que sabia ler e escrever na favela, por isso muitas vezes era responsável pela discussão com outros moradores a respeito de noticias de jornal lida por ela, em especial sobre política.
Portanto, o diário de Carolina Maria de Jesus informa sobre o posicionamento da própria autora frente aos conflitos sociais diários. Apesar de ser subjugada pela sua condição de moradora da favela, por ser mãe solteira de três filhos e pelo pouco tempo de estudo foi permitido ,seu diário é carregado de reflexões sobre a mulher,política e também sobre a vida daqueles que viviam uma situação parecida com a sua.
Referências:
JESUS, Carolina  Maria de .Quarto de despejo:diária de uma favelada. 10 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.213p.