domingo, 14 de novembro de 2010

10/03/2010


Quem vai ao encontro de um (livro, filme, imagem) vai, ou deveria ir, com seus nervos, informações e interesses, reunidos sob sua experiência de vida. Estar ali significa estar mobilizado por completo, e isto parece impossível quando sequer temos uma idéia, mesmo vaga, de quem somos.
 No entanto, os homens guardam pouco tempo no seu cotidiano para conhecer ou rememorar o vivido; deveriam fazê-lo não por motivações nostálgicas, mas pelo que aponta á construção da própria identidade. ”(Eliane Yumes)

O trecho de Yunes retrata um pouco que penso.Isto é, o texto precisa interagir com o leitor,ser um provocador das emoções seja elas  boas ou ruins.
Quero ser um provocador de emoções como mediadora e com a disciplina Leitura e Formação do Leitor espero preencher as lacunas do pouco conhecimento que tenho sobre a leitura e leitor. Porque como profissional serei responsável pelo encontro do leitor com a leitura. Portanto não considero pretensiosa e sim responsável com o outro e sim responsável com o prazer da leitura e sua importância na vida do individuo.
Fragmentado: A disciplina Leitura e Formação do Leitor têm como objetivos promover a sensibilização dos futuros gestores de unidades de informação,assim como outros profissionais ,para a importância do ato de ler.  Através da reflexão sobre as políticas pública de leitura no Brasil buscar mecanismos de trabalho para o desenvolvimento do leitor.
Portanto, a Professora Conceição propôs como metodologia de trabalho da disciplina a participação ativa de nos alunos no processo de aprendizagem. Através da reflexão das aulas  expositivas, leitura e discussão de textos selecionados,exibição de filmes seguida de discussão e entre outros pretende-se que nos alunos esteja apto a pensar e a elaborar criticamente novas propostas de trabalho na comunidades promotoras de leitura .
Assim, a avaliação será um Diário elaborado por nos alunos onde relataremos nossas reflexões e apreciações pessoais sobre temas propostos no decorre do semestre letivo.

Desafio...desafio...desafio...desafio...
Calafrio...calafrio...calafrio....
Apavorada com desafio de transcrever minha interpretação sobre as aulas. Muito responsabilidade..
Referência:
Yunes, E. (Org.) Pensar a leitura: complexidade. Rio de Janeiro: PUC - Rio, São Paulo: Loyola, 2002. 

17/03/2010


Anamnese significa do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória)
Espero que estejam confortáveis. Porque as lembranças que tenho de minha infância são boas e guardo com carinho. Quando lembro de minha infância vem o   cheiro de poeira dos primeiros pingos de chuva caídos no chão, o azul do céu no dia de verão, as brincadeiras nas ruas com os pés descasos, o gosto da comida de minha avó. As historias contada por minha mãe, pai e demais familiares.
Minha mãe sempre foi e é  uma mulher inquieta suas historias são carregadas de dramaticidade.  Fora criança pobre em Diamantina que ainda adolescente veio  trabalhar em Belo Horizonte. Ela seria mais uma de tantas crianças pobre que são buscadas no interior para trabalhar na cidade grande. Mas quando Ela conta  sua historia torna-se os detalhes mágicos. Imaginar uma menina  pequena morando com os irmãos numa gruta em Diamantina convivendo com bichos perigosos e a tia que parecia, mas uma bruxa.
Lembro também do período de quaresma em casa. Historias da mula sem cabeça que cavalgava na ruas do bairro depois das 22:00, o homem do saco.Meu pai trazia cinzas da igreja para proteger os filhos no período de quaresma.As novenas em casa no período natalino. A montagem do presépio e sua representatividade.
Enfim, as brincadeiras  com os amigos de ruas como rouba bandeira, passar a anel, colecionar papeis de cartas com as amigas e brincar de casinha.
Já a escola representa a iniciação para compreender o mundo. Isto é, a escola foi o primeiro contato com a escrita e com os livros. Apresentando a diversidade de mundos, figuras, historias cores e sentimentos impressos nos livros.
Portanto os mediadores de minha infância fora minha família, amigos e escola  por  desenvolver meu lado imaginário e investigativo.Se hoje busco os porquês .Se sou pessoa inquieta. E porque tive incentivo em casa, na escola e com os amigos da infância.

Fragmentado: Ouvi relatos dos demais colegas de sala. Sendo que os mediadores que influenciaram em suas vidas fora a família, escola, igreja.
Deixo aqui meu agradecimento a pessoas que considero encantadas: Jandira (minha mãe), Cirilo (meu pai), Raimunda (minha avó), Junia, Flavio e Cristiano (irmãos), Aparecida (minha professora do primeiro ano escolar), Tia Dalva (minha professora do segundo ano escolar), Leda, Alessandra, Aline, Silvia, Rodrigo, Reginaldo, Denis, Jean, (amigos da infância).

24/03/2010


Para Maria Helena Martins a leitura é dinâmica e circunstanciada, com três níveis o sensorial, emocional e racional onde se inter-relacionam,senão  simultâneos ou mesmo sendo um ou outro privilegiados,segundo a experiências,expectativas,necessidades e interesses do leitor  e das condições  do contexto geral em que se insere.
Portanto, o ato de ler é único porque invoca sentimentos individualizados. Um processo pessoal e particular que codifica os níveis sensorial, emocional e racional do texto para o leitor.  
Enfim, saber ler o mundo atual é imprescindível  não basta decifrar o código da leitura .Ou seja, a leitura dever ser fonte de conhecimento mas também a fonte de emoção ,de prazer e de lazer.
















Referência:
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura?São Paulo: Brasiliense, 1998.

31/03/2010


Entrevista de José Saramago a Roda Viva

Com posicionamento critico ao consumismo e individualismo que homem tornou-se José Saramago foi o entrevistado do Programa Roda Viva da TV Cultura.
Ele menciona que a palavra é eloqüente no sentindo que a palavra da sentindo ao mundo. Paralelo aos dizeres de Saramago temos no inicio da entrevista os dados apresentados no Congresso de Educação que o Brasil é ultimo da lista onde as crianças aprende a ler, mas não compreende o sentido da leitura o que impede a formação de identidade e idéias.Para Saramago é  entender superfialmente este mundo cego de razão.
Paralelo a discutição questiono o ensino básico onde os esforços ainda estão distante  de uma educação de qualidade. Não basta colocar crianças nas escolas. Com formação deficitária no ensino considero estas crianças como analfabetos funcionais.
Se a palavra da o sentindo ao mundo estão excluindo essas crianças de pensar, criar, provocar. De serem interativos com o mundo.


Vídeo Aprender a aprender

14/04/2010


A Professora Conceição abordou hoje  livros infantis e sua importância para a criança.O tema de hoje vem de encontro com a experiência que tive como estagiaria na Biblioteca Comunitária CAC Havaí.Durante o estagio de seis meses na biblioteca que servia o publico em geral e  uma UMEI ,escola publica municipal para crianças de 2 a 4 anos de idade , era ponto de encontro das crianças com a biblioteca  .
Refletindo sobre como é importante o primeiro contanto e envolvimento da criança com o livro entende como a biblioteca comunitária cumpria este papel para aquelas crianças.
Lembro que nos dias de visitas a biblioteca comunitária preparava espaço aconchegante para as crianças com muitos livros sendo coloridos, pequenos, emborrachados, somente com gravuras, alto relevo. E no final a hora do conto ou brincadeira envolvendo o livro. Os resultados destes encontros era o retorno das crianças com os pais para empréstimo de livros.
Apesar do estagio ser no inicio do meu curso de Biblioteconomia vejo que as atividades desenvolvidas na biblioteca comunitaria, cumpriam com a mediação da leitura por ver o retorno das crianças na biblioteca comunitária.
Fragmentado: Existe atualmente exagero didático nos livros infantis como uso de assuntos ligados a droga, violência. Como mediadores temos que ter olhar curioso com os livros infantis. 

19/04/2010


“O universo é uma biblioteca” (Rubens Alves)
Compreende que papel da escola  é ministrar aos estudantes, através da leitura, os instrumentos necessários para que eles consigam buscar, analisar, selecionar,relacionar, organizar as informações complexas do mundo contemporâneo e exercer a cidadania.
Para isto, faz necessário unir as habilidades dos educadores e bibliotecários para desenvolver  leitores competentes que gostem de ler, que leiam para estudar e adquirir conhecimentos ou para obter informações para as mais diversas finalidades é formar as bases para que as pessoas continuem a aprender durante a vida toda.
Após o relato de Santuza Abras sobre “O papel pedagógico da biblioteca escolar” percebe visão politizada sobre as bibliotecas escolares (públicas). Os dizeres otimista que tanto Ela frizou vai de contra a realidade das bibliotecas escolares(públicas). Sabemos que um bibliotecário é responsável por cinco bibliotecas escolares (públicas) sendo que professores afastados de suas verdadeiras funções  lotam as bibliotecas divergindo do bibliotecário  que são preparados para atuar neste locais. Apesar dos relatos de Maria Terra ( Professora de Historia  ) que atua em biblioteca escolar pública  entendo que os bibliotecários tem caminho a percorrer dentro das instituições de ensino . Isto é,precisa divulgar aos demais profissionais da área da educação que o bibliotecário possui competências para mediação da leitura ao leitor nas escolas.
Fragmentos Visuais: Bienal Minas 2010

05/05/2010


O diário Quarto de despejo de Carolina Maria de Jesus, no qual narra as experiências como mulher negra, pobre, catadora de lixo e moradora da favela do Canindé em São Paulo.
Apesar de seu pouco estudo, com escrita desordenada, com incorreções ortográficas, Carolina Maria de Jesus decidiu romper as barreiras do analfabetismo escrevendo o dia a dia de sua vida.  Era uma das poucas mulheres que sabia ler e escrever na favela, por isso muitas vezes era responsável pela discussão com outros moradores a respeito de noticias de jornal lida por ela, em especial sobre política.
Portanto, o diário de Carolina Maria de Jesus informa sobre o posicionamento da própria autora frente aos conflitos sociais diários. Apesar de ser subjugada pela sua condição de moradora da favela, por ser mãe solteira de três filhos e pelo pouco tempo de estudo foi permitido ,seu diário é carregado de reflexões sobre a mulher,política e também sobre a vida daqueles que viviam uma situação parecida com a sua.
Referências:
JESUS, Carolina  Maria de .Quarto de despejo:diária de uma favelada. 10 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.213p.

12/05/2010


Continuamos nesta quarta feira o encontro com roda de releituras dos  diários  na sala de aula .Neste pode expor minhas impressões do diário  Quarto de Despejo  de Carolina Maria de Jesus relido por mim e mais dois colegas.Percebi que apesar de reler o mesmo diário tivermos impressões diferenciadas sobre o cotidiano  de Maria Carolina de Jesus.
Quarto de Despejo despiu-me da visão preconcebida que fiz ao ler os primeiros capítulos do livro. Entender as entrelinhas do diário foi exercício. O diário vai alem da miséria e violência existe o desejo de uma mulher ser feliz de ser realizar como mãe, escritora e cidadã.

26/05/2010


Hoje a Professora Conceição entrelaçou os conceitos de  Bordieu com a temática da disciplina Leitura e Formação do leitor.
Bourdieu afirma que a ação das estruturas sociais sobre o comportamento individual se dá preponderantemente de dentro para fora e não o inverso. A partir de sua formação inicial em um ambiente social e familiar que corresponde a uma posição específica na estrutura social, os indivíduos incorporariam um conjunto de disposições para a ação típica dessa posição (um habitus familiar ou de classe) e que passaria a conduzi-los ao longo do tempo e nos mais variados ambientes de ação.
Cabe, observar o conceito de habitus que Bourdieu define como um conjunto de disposições, decorrente de um processo de interiorização da exterioridade e de exteriorização da interioridade, que leva os agentes a procederem de acordo com as possibilidades existentes dentro da estrutura do campo.
O campo é o espaço onde as relações são objetivamente definidas através do modo como são distribuídas as diversas formas de capital.
Seguindo  a visão de  Bordieu entendo que exista o poder invisível, isto é, somos influenciados por  agentes, seja família, a escola ou  a mídia.  Compete observar que tais agentes modelam, como as  escolas seguem diretrizes de ensino, como nas famílias seguem os  costumes passados de geração a geração. Como as editoras  que através das propagandas e divulgações afere implicitamente os escritores e livros do momento.
Então o leitor é influenciado  ?Apos a aula e estudos dos conceitos de Bordieu acredito que as  influencias são invisíveis, o leitor e suas escolhas de leitura são influenciadas por agentes como a família,  os amigos, o autor,  o editor e  etc.Como brincar de Lego onde o leitor e a peça e os agentes modela as estruturas.

02/06/2010


“Espero poder confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje,e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim.”(Anne Frank, 12 de junho de 1942.)


Após três aulas encerramos os relatos do gênero literário diário. Proposta de atividade ministrada pela Professora Conceição. Apesar de delimitar o gênero de leitura para alunos observei que em algumas escolhas o papel do mediador esteve presente como da colega de sala  que através de uma breve conversa com a irmã indicou o diário  O homem que não amava as mulher de Stieg Larsson  .Como O diário de um exílio de Trostski relido por outra colega de sala  com  indicação de amigos .Já outra colega através da bibliotecária escolheu o Diário Íntimo e Pensamento de Sully Prudhomne .Mas alguns a escolha foi por pesquisa no catalogo on line da universidade ou consultas pessoais nas bibliotecas ,No caso ,a escola do meu diário O quarto Despejo de Carolina Maria de Jesus foi por escolha pessoal .A capa do livro chamou a atenção e o desejo de le-lo surgiu .
Fragmentado: Como fora três aulas para apresentação dos relatos sobre o diários abaixo alguns diários despertou meu interesse por reler:
Blog de Bagdá de Salam Pax (retrata a guerra no Iraque);
O homem que não  amava as mulheres de  Stieg Larsson  (diário ficcional) ;
Diário de Anne Franklin (retrata a vida de menina judia na segunda guerra mundial  ) ;
Anos Rebeldes.

26/05/2010
Hoje a Professora Conceição entrelaçou os conceitos de  Bordieu com a temática da disciplina Leitura e Formação do leitor.
Bourdieu afirma que a ação das estruturas sociais sobre o comportamento individual se dá preponderantemente de dentro para fora e não o inverso. A partir de sua formação inicial em um ambiente social e familiar que corresponde a uma posição específica na estrutura social, os indivíduos incorporariam um conjunto de disposições para a ação típica dessa posição (um habitus familiar ou de classe) e que passaria a conduzi-los ao longo do tempo e nos mais variados ambientes de ação.
Cabe, observar o conceito de habitus que Bourdieu define como um conjunto de disposições, decorrente de um processo de interiorização da exterioridade e de exteriorização da interioridade, que leva os agentes a procederem de acordo com as possibilidades existentes dentro da estrutura do campo.
O campo é o espaço onde as relações são objetivamente definidas através do modo como são distribuídas as diversas formas de capital.
Seguindo  a visão de  Bordieu entendo que exista o poder invisível, isto é, somos influenciados por  agentes, seja família, a escola ou  a mídia.  Compete observar que tais agentes modelam, como as  escolas seguem diretrizes de ensino, como nas famílias seguem os  costumes passados de geração a geração. Como as editoras  que através das propagandas e divulgações afere implicitamente os escritores e livros do momento.
Então o leitor é influenciado  ?Apos a aula e estudos dos conceitos de Bordieu acredito que as  influencias são invisíveis, o leitor e suas escolhas de leitura são influenciadas por agentes como a família,  os amigos, o autor,  o editor e  etc.Como brincar de Lego onde o leitor e a peça e os agentes modela as estruturas.

16/06/2010

Como a nossa constituição que fora muito bem pensada e escrita paralelo temos o ¹PNLL muito bem elaborada pela participação de pensadores e colaboradores da sociedade brasileira.       
Do plano macro do governo federal o PNLL a micro ações sociais como a ²Borrachalioteca. Ambos buscam formas de promover e ampliar o gosto do individuo para cultura através da leitura sendo com elaboração de planos ousados a simples esquemas no fundo de casa,nas praças,em barcos,etc.
Estas ações individuais às vezes promovidas pela  mídia ajudam a incentivar  interessados em desenvolver ações mediadoras  e não sabe como fazer. Enfim que as ações mediadoras  voltadas a leitura consiga de alguma forma  germinar frutos  no leitor que  participa. 
_____________________________________________________
1 PNLL

O Plano Nacional do Livro e Leitura é produto do compromisso do governo federal de construir políticas públicas e culturais com base em um amplo debate com a sociedade e, em especial, com todos os setores interessados no tema. Sob a coordenação do Ministério da Cultura e do Ministério da Educação, participaram do debate que conduziu à elaboração deste documento representantes de toda a cadeia produtiva do livro – editores, livreiros, distribuidores, gráficas, fabricantes de papel, escritores, administradores, gestores públicos e outros profissionais do livro –, bem como educadores, bibliotecários, universidades, especialistas em livro e leitura, organizações da sociedade, empresas públicas e privadas, governos estaduais, Prefeituras e interessados em geral.

O Plano Nacional do Livro e Leitura tem como as seguintes premissas:

Ø      Democratizar o acesso ao livro e a outras formas de leitura;
Ø      Fortalecer a biblioteca pública e a escola na formação de leitores e incluir espaços não convencionais;
Ø      Apoiar as cadeias produtiva e criativa do livro e a mediadora da leitura;
Ø      Ter a dimensão de uma Política de Estado


E como eixos norteadores  as quatro  ações abaixo:

  1. Democratização do Acesso

ü      Implantar novas bibliotecas
ü       Fortalecer a rede atual de bibliotecas
ü       Conquistar novos espaços de leitura
ü       Distribuir livros gratuitos
ü       Melhorar o acesso ao livro e outras formas de leitura

3.      Fomento á Leitura e Formação
 
ü      Formação de mediadores de leitura
ü      Projetos de estímulo à leitura
ü      Apoio à pesquisa acadêmica
ü      Prêmios e reconhecimento às melhores práticas
ü      Calendário de Eventos
ü      Participação do setor privado


3.      Valorização do Livro e Leitura

ü      Ações para criar consciência sobre o valor social da leitura
ü      Ações para converter a leitura em uma política pública
ü       Publicações



4        Apoio á Produção e á Criação

ü      Apoio à cadeia produtiva do livro
ü      Apoio à distribuição/circulação de bens
ü      Apoio a cadeia criativa do livro


2 Borrachalioteca surgiu com a doação dos primeiros exemplares de livros pela Biblioteca Publica de Sabará em Minas Gerais a Marco Túlio Damascena que inovou em ocupar um pequeno espaço da borracharia onde trabalha. Hoje a borracharia é dividida a serviços comuns de uma borracharia e o espaço cultural onde a comunidade pode apreciar o gosto pela leitura. Além dos livros a Borrachalioteca também oferece aos seus usuários edições diárias do jornal Hoje em Dia, revistas em quadrinhos e semanais e diversas fitas de vídeo.

Referências:
PNLL: Plano Nacional do Livro e Leitura. Apresenta  produtos e serviços oferecidos pela Gestão Executiva  do PNLL.Disponível em < http://www.pnll.gov.br/>. Acesso em: 18 jun. 2010.
PREMIO VIVA A LEITURA 2010. Borrachalioteca: um Jeito Diferente de Ler o Mundo. Disponível em <http://www.premiovivaleitura.org.br/default.asp?Page=00_borrachalioteca.asp>Acesso em: 18 jun. 2010.





23/06/2010




Penúltima aula de Leitura e Formação do Leitor ministrada pela Professora Conceição.Fora proposto anteriormente a escolha de um clássico literário e que relaciona-se  com o texto Porque ler os clássicos de Ítalo Calvino.
Minha busca a clássico literário aconteceu em dois momentos. Uma tentativa frustrada com a releitura inacabada de Os miseráveis de Victor Hugo e a troca por A Metamorfose de Franz Kafka. No primeiro momento escolhi Os miseráveis por indicação de uma amiga mas considero mal escolha  por  entender que a adaptação da obra  deixou a desejar provocando minha insatisfação com a releitura.
A segunda opção de clássico fora A Metamorfose de Franz Kafka por  tratar  de escrito consagrado pelo tempo. Os especialistas abordam os escritos de Kafka como forma peculiar de compor a leitura.  O clima mantido por Kafka em que é caracterizado um ambiente de angústia e de desconcerto, atribuído por muitos ao início da era que culminaria com a ascensão de Hitler e com a Segunda Guerra Mundial.
Portanto A metamorfose é uma novela  que  narra a história de Gregor Samsa, um caixeiro viajante que certo dia acorda em seus quarto transformado . Apresentando significados simbólicos, a obra deu origem às mais diversas interpretações. Como as associações de ordem psicanalítica sobre a relação de Kafka com seu pai. A interpretação de que a obra não é redutível a dramas familiares do autor, mas, sim, a expressão da tensão do artista em meio à sociedade burguesa de sua época. Entendo que A metamorfose  é uma obra de literatura fantástica na medida em que explora uma situação inusitada e que foge ao que é aceitável ou tolerável. Portanto o personagem  Gregor Samsa transcende essas classificações e denuncia os mecanismos de dominação e de subjugação da mente humana.
Fragmentado: Porque A Metamorfose de Franz Kafka  é um clássico?
Para Calvino ,(2007,p,12) ” um clássico é uma obra que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente"as repele para longe.”
Sabemos que A Metamorfose de Franz Kafka é uma obra analisada das mais variadas formas de crítica seja  sociológica, psicológica, psicanalítica, etc. Tornou-se atemporal, ou seja, apropriou-se a universalidade, marcada e determinada por abordar assuntos que não se esgotam e nunca são datados ou remarcados, sendo assim A metamorfose não “esfria”.
 Calvino(2007,p.14) menciona que “um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia.”
Portanto pensar nos clássicos é de certa medida lembrar daquelas releituras que marcaram que fazem parte da minha história, demarcando os momentos e situações que fizeram dos textos, marcos vividos.
Enfim, Calvino (2007, p.11) diz um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.

Ao reler A metamorfose de Kafka as inquietações e perguntas não deixaram processar uma conclusão. Como o personagem Gregor Samsa que sofreu transformação. Seria por causa da irritação de não ser amado pela família ou  peso ser responsável pela família ou infelicidade de não poder ser ou infelicidade não afirmar como pessoa.
Entendo que no final, o que importa em A Metamorfose de Kafka não é interpreta a obra  mas confesso que não sou mais a mesma após a releitura .
Reportagem  Estadão.Com.Br//Cutura

Filólogo tcheco Josef Cermak fez edição para colecionadores, com muito material inédito, fotos, postais...


Kafka ganha 1.ª biografia tcheca, 80 anos após sua morte

09 de março de 2010 | 16h 07
Mais de oito décadas após sua morte, foi lançada em Praga a primeira biografia do escritor tcheco Franz Kafka escrita em sua terra natal. Pessoas observam escultura do artista checo Jiri David, na Pça Franz Kafka de Praga
No livro "A Luta Por Escrever: Sobre o Compromisso Vital de Franz Kafka", o filólogo tcheco Josef Cermak tenta "abordar as relações de Kafka com o 'mundo tcheco', que são mais amplas do que muitos pensam", explica o autor à Agência Efe.
Nascido em 1883 em Praga na época do Império Austro-Húngaro e falecido em 1924 perto de Viena, Kafka só escrevia em alemão, o idioma falado por grande parte da comunidade judaica da atual capital da República Tcheca.
Esta formosa edição para colecionadores, com uma tiragem de 2.500 exemplares, tem muito material inédito, como fotos, cartões postais escritos em suas viagens ao exterior e manuscritos relacionados a assuntos familiares.
Tudo isso deveria ter sido publicado nos anos 60. Entretanto, à época, a diretoria da editora Odeon hesitou ao pensar que "se tratava de um pequeno cidadão de Praga sem importância", lembra Cermak, "e então entraram os tanques soviéticos" para combater a Primavera de Praga de 1968.
Então, foi publicada a biografia do estudioso alemão Klaus Wagenbach, com quem Cermak deveria ter colaborado, pois teve acesso ao rico legado mantido pela sobrinha de Kafka, Vera Saudkova.
Atualmente com 88 anos, Vera vive em Praga e é filha da irmã mais nova do escritor, a falecida Ottla. Junto com seus três filhos, são os únicos parentes vivos de Kafka.
Cermak defende a tese de que Kafka entendia muito bem o idioma tcheco, pois "foi capaz de apreciar a qualidade literária de um autor como Vladislav Vancura, que tem uma linguagem muito peculiar, muito bela, mas deformada".
A produção de Kafka ficou proibida na época da Tchecoslováquia socialista porque era considerado um autor "reacionário", diz Cermak. Por isso, os estudiosos de sua obra foram perseguidos pelo regime.
O próprio Cermak se viu obrigado a publicar sua primeira pesquisa na vizinha Alemanha sob um pseudônimo. Só após a queda do comunismo na então Tchecoslováquia, em 1989, foram traduzidas para o tcheco obras como a célebre "O Processo" (1997).
Mais de vinte anos depois da redemocratização, Kafka é uma das figuras recorrentes da paisagem urbano de Praga, mas "sua obra é mais conhecida fora do que dentro do país", reconhece Marketa Malisova, diretora da Sociedade Franz Kafka, em entrevista à Efe.
Apesar das muitas placas comemorativas, bustos e estátuas em sua homenagem, fora a praça que leva seu nome e de um centro que populariza sua obra, a inércia do passado impediu que Kafka tivesse o mesmo reconhecimento que tem no exterior e que faça parte da bagagem literária de seus compatriotas.
De qualquer forma, a capital tcheca foi a cidade onde Kafka se educou, pela qual passeou e da qual se nutriu, em meio a suas depressões, de seu autêntico horror ao barulho e seu senso de responsabilidade, algo que acabou se tornando quase insuportável, lembrou Cermak ao falar sobre Kafka, que trabalhava em uma seguradora de acidentes industriais.
Praga foi também o lugar que inspirou suas obras, onde sua genialidade aflorou e onde teve seus amores, nenhum dos quais acabou em casamento, apesar de ter se comprometido duas vezes com Felice Bauer.
"Não me canso de Kafka", afirma o autor da nova biografia.
O que chegou até os dias de hoje se deve principalmente ao também escritor Max Brod, que administrou o legado de Kafka até morrer, em 1968, em Israel, para onde emigrou em 1939 após a ocupação nazista da Tchecoslováquia.
Por este motivo, Malisova também quis conceder um prêmio em memória do autor da primeira biografia de Kafka, escrita em 1937.
"Foi Brod que se encarregou de publicar sua obra, e não queimá-la, mas propagá-la. Se não tivesse sido por ele, ninguém hoje conheceria Kafka", garante a tcheca, em cujo escritório se conserva a escrivaninha do autor de "A Metamorfose".
Kafka morreu em um hospital nos arredores de Viena vítima de tuberculose. Seu corpo foi levado para a Praga, onde agora repousa no novo cemitério judeu da capital tcheca.

 

Escritor Modesto Carone traduz, diretamente do alemão, contos inéditos de Kafka


Quando estava próximo da morte, castigado por uma tuberculose que deteriorava sua saúde aceleradamente, Franz Kafka pediu ao seu amigo Max Brod, que cumprisse uma antiga promessa: que destruísse todos os seus escritos não publicados. O resultado foi que a literatura mundial tem, até hoje, uma dívida impagável com um mau amigo. Brod não somente preservou os originais, como organizou, selecionou e publicou volumes até hoje saudados como algumas das principais obras literárias do século XX, como "O Processo" e "O Castelo".
Alguns desses textos encontram-se reunidos no livro "Narrativas do Espólio", que foi lançado pela editora Companhia das Letras e está disponível na biblioteca do CCBA. O volume traz vários contos inéditos do escritor tcheco, considerado um dos mais importantes autores do século XX. O trabalho é o penúltimo da empreitada do escritor Modesto Carone, que desde a década de 80 vem se dedicando a traduzir, diretamente do alemão para o português, toda a obra ficcional de Kafka.
Para Modesto Carone, o grande problema e a grande chave da tradução de uma obra ficcional, é contaminar o idioma de chegada pelo de partida. Mais ou menos como tentar adivinhar a maneira que Kafka escreveria se o fizesse em português. O tradutor explica que Kafka, que trabalhava como agente de inspeção, incorporou à sua escrita o estilo protocolar das comunicações burocráticas, como forma de registro e ironia. Foi justamente esse tom que Carone buscou imprimir às suas traduções.
Para se ter uma idéia do afinco e do perfeccionismo aplicados por ele em seus trabalhos, Carone teve que iniciar três vezes a tradução de um outro livro de Kafka, "O Castelo", antes de chegar à versão final. Na primeira tentativa, já havia escrito mais de cem páginas. Na segunda, outras 90 já haviam sido traduzidas.
Carone foi o primeiro a traduzir os textos kafkianos diretamente para o português, uma vez que as traduções antigas do Brasil eram feitas a partir do francês ou do inglês. Possivelmente no ano que vem, ele encerra sua missão de transpor toda a obra do tcheco, com a publicação de "O Desaparecido", o primeiro romance do autor.


Referências:

Calvino, Ítalo. Por que Ler os Clássicos. In: ___Por que Ler os Clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 20087.p. 9-16.
BIOGRAFIA DE KAFKA. Almanaque Autores. Disponível em < http://almanaque.folha.uol.com.br/kafka.htm>.Acesso em: 14 jun. 2010.

KAFKA.Reportagem Primeira Biografia Tcheca,80 anos após sua morte. Disponível em <http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,kafka-ganha-1-biografia-tcheca-80-anos-apos-sua-morte,521772,0.htm >.Acesso em : 14 jun. 2010.

REPORTAGEM ESCRITOR MODESTO CARONE. Escritor Modesto Carone traduz diretamente do alemão,contos inéditos de Kafka. Disponível em <http://www.ccba.com.br/asp/cultura_texto.asp?idtexto=38>.Acesso em: 24 jun. 2010.
KAFKA, Franz. A metamorfose. São Paulo: Companhia das Letras,1997.p.96p.
Tradução: Modesto Carone

30/06/2010


(..) Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

(..)
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
(..)

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

(..)
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...


Com base nas reflexões e apresentações referentes à leitura e formação do leitor no decorre do semestre letivo esboçarei uma linha pessoal do entendimento  como é  importante a leitura na formação do individuo.
Contextualizando o leitor o autor Perrotti enfatiza a distinção entre ledor e leitor. O primeiro incorpora o ser passivo, imobilizado, que pouco ou nada acrescenta ao ato de ler. O texto para o ledor não tem aberturas, porque ele decifra mecanicamente os seus sinais. Não há mistério, nem criação. A leitura é definitiva. O leitor, no entanto, é móvel e tem um olhar indefinido, errante e criativo sobre o texto. Permite-se ler em suas linhas e entrelinhas, desvelando seus sinais visuais e invisíveis. Isto só ocorre quando se dá o pacto entre texto e leitor, que o ledor não se arrisca a fazer.
Para tanto, saliento o valor de se ter uma prática de leitura que prepare leitores capazes de não só participarem da sociedade na qual convivem, mas principalmente de tentarem transformá-la. Para isso, é necessário o papel do mediador nesse processo, que esse  possa provocar para o caráter social do ato de ler, uma vez que, no momento da leitura, trocam-se valores, crenças, gostos, que não pertencem somente ao leitor, nem ao autor do texto lido, mas a todo um conjunto sociocultural.
Cabe destacar, os agentes influenciadores como a  escola enquanto agente é incumbida pela formação educacional das novas gerações exercendo um papel de importância no processo de preparação dos leitores. Assim, espera-se a formação de leitores com espírito crítico sendo  a chave da cidadania. 


Entretanto o processo de leitura na escola propõe estratégias de estimulo inovador por compreender que vivenciamos pluralidade sociocultural.
Enfim, a vida contemporânea coloca reflete sobre a necessidade de se adotar nova postura de comportamento. E tais posturas são conjucturadas no desenvolvimento de planos e projetos estruturados pelos órgãos públicos, privados e organizações comprometidos com a promoção a leitura e o livro no Brasil.
Exemplificando discutimos em sala de aula o Plano Nacional de Livro e Leitura  que é  um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidos pelo Estado (em âmbito federal, estadual e municipal) e pela sociedade. A prioridade do PNLL é transformar a qualidade da capacidade leitora do Brasil e trazer a leitura para a rotina do brasileiro.   Mas apesar da mobilização em prol a leitura e formação do leitor  e das inúmeras teorias estruturadas temos que caminhar avançar para a pratica .   Tornam-se reais as situações de leitura.
Para isto, o mediador da leitura  precisa criar atividades significativas para envolver o leitor com a leitura .Parafraseando Lajojolo,  o mediador da leitura precisa ler muito,precisa envolver-se com o que lê. Solé argumenta que:
 não se deve esquecer que interesse também se cria, se suscita e se educa e que em diversas ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que faz de uma determinada leitura e das possibilidades que seja capaz de explorar. (Solé ,1998,p.43)



Espero que a combinação de ambos universos produza leitores críticos, aptos a ler o mundo. Paulo Freire diz:
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem  dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto (FREIRE, 2008, p. 11).
Enfim, que  a leitura causa no leitor a expectativa do inusitado, aguça sua curiosidade e instiga o raciocínio.Que seja uma leitura confrontadora, independente dos gêneros e tipos de textuais.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

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(..) Você tem sede de que?
Você tem fome de que?…
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte…
(..)
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor…
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
(..)
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte…
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer…
(..)
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade…
(Você tem fome de que de Tintas)